domingo, 24 de fevereiro de 2013

Psicoletrando com você: "Homofobia"


                                    

Psicoletrando

E quem foi que disse que é fácil falar em homofobia?

                                                           Fonte: blog.opovo.com.br


Josimara Neves, psicóloga e escritora 
            Marília Neves, professora e escritora
                                            Contato:  psicoletrandojm2013@gmail.com

Engana-se quem pensa que os filhos das gerações Y e Z são mais dotados de saberes só porque nasceram na era de grandes avanços tecnológicos. Para quem não sabe, a geração Y é conhecida como “Geração do milênio ou geração da internet” e se refere a quem nasceu, aproximadamente, depois dos anos 80 até por volta da década de 90, sendo sucedida pela Geração Z (que se refere aos nascidos até 1999), caracterizada por pessoas “nativas digitais, estando muito familiarizadas com a World Wide Web, compartilhamento de arquivos, telefones móveis e mp3 players, não apenas acessando a internet de suas casas, e sim, também pelo celular, ou seja, extremamente conectadas à rede, segundo a Wikipedia virtual. Indiscutivelmente os tempos são outros, assim como os problemas. Embora estejamos mais evoluídos eletronica e tecnologicamente falando, ainda há dificuldade de se falar sobre assuntos tabus e de respeitar as diferenças.
Não é necessário pegar um exemplo distante, basta abordar a homofobia para ver que, apesar de toda a liberdade que a nova geração tem, equiparada ao passado, ainda hoje, muitas pessoas são vítimas de preconceitos e de discriminação devido às escolhas que fazem, ao tipo de “tribo” a que pertençam, à vestimenta, à religião, enfim, devido às diferenças que se destacam em meio à coletividade.
E você sabe o que é a homofobia?
 Por homofobia, entendemos o medo, aversão, descrédito e ódio aos gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais (GOLIN; WEILER, 1999), de modo a desvalorizá-los por não performarem seus gêneros (BUTLER, 2003), em correspondência com aquilo que é social e culturalmente atribuído para seus corpos biológicos, papéis e/ou comportamentos.
Como essa questão está sendo abordada no contexto escolar? Será que é possível construir mentalidades diferentes das que têm saído das escolas? A quem recorrer quando o assunto envolve sexualidade? De fato, são muitos os questionamentos  tamanha a complexidade do assunto. Responder a tais indagações seria no mínimo um exercício árduo, principalmente, para os educadores que, muitas vezes, não estão preparados para lidar com esse assunto porque, antes de serem educadores, são seres humanos e, portanto, possuem também os seus bloqueios, as suas dificuldades, as suas crenças e, por que não, os seus preconceitos? Sim! Chega de eufemismos do tipo: “eu não sou racista”, não “tenho nenhum tipo de preconceito”. Se não tem preconceito, então por que não se tem respostas e por que não falar abertamente sobre o assunto?
Acreditamos que só é possível responder para o outro quando nós mesmos tivermos as respostas que nos satisfaça, do contrário, isso se torna inviável. Fingir que os homossexuais não existem não torna o mundo heterossexual. Evitar falar sobre a temática não fará com que ela desapareça. Sendo assim, é preciso que cada um de nós repense suas próprias crenças e preconceitos para que se mude o contexto social permeado por injustiças e discriminações que têm efeitos traumatizantes no psicológico e na vida daqueles que são alvos, simplesmente, porque gostam mais de rosa do que de azul, de verde do que amarelo, de vermelho do que de marrom. Você deixaria de admirar Sócrates se soubesse que ele foi gay? Não ouviria as músicas de Elton Jhon só porque ele escolheu amar outro homem? Se recusaria a ser fã da Cássia Eller ou da Maria Gadú, por exemplo, só porque elas fizeram escolhas diferentes na vida delas? Responda-nos agora a saideira: você conseguiria ouvir Renato Russo cantando “Pais e filhos” e não cantar só porque ele era homossexual? Se você deixaria de fazer alguma dessas situações, só porque envolvia homossexuais, é chegado o momento de reavaliar seus valores, pois  está limitando-se ao mundo da aparência, e não da essência.
Reflita: um mundo de iguais não seria, no mínimo, desigual por ceifar a nossa capacidade de exercer o livre-arbítrio e de sermos diferentes?

                                        Fontewww.goiasedemais.com

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sábado, 23 de fevereiro de 2013

Psicoletrando com você: escola e família


Psicoletrando
ESCOLA E FAMÍLIA: PARCERIA NECESSÁRIA




Josimara Neves - psicóloga e escritora
Marília Neves- professora e escritora


Significativa parcela de estudantes voltou à escola nesta semana. Surge, pois, um certo clima de tensão no ar. “Como se comportará meu filho na escola? Ele será um bom aluno? Fará os deveres de casa? Conseguirá notas boas?” – questiona a família. Em contrapartida, a escola indaga: “Que estratégias serão adotadas a fim de se obter êxito na aprendizagem dos educandos? De que forma diminuir a indisciplina no âmbito escolar? Como envolver a equipe na realização de um trabalho coeso e de qualidade?”
Paulatinamente, a rotina se estabelece, e os conflitos entre a escola e a família acentuam-se. Eis algumas possibilidades:
·        alunos reclamam dos professores para os pais;
·        professores reclamam dos alunos para os supervisores e para os diretores;
·        diretores reclamam dos alunos para a família;
·        a escola culpa a família pelo fracasso do aluno;
·        a família alega que o filho está passando por um momento difícil e desabafa: “Eu não sei mais o que fazer com ele!”;
·        a escola argumenta que o aluno não cumpre as responsabilidades que lhe cabem, infringe as regras escolares e não estuda;
·        a família chora, clamando ajuda;
·        a escola chora, rogando amparo legal – equipe especializada, salário digno para os profissionais da educação e valorização do professor.
Nesse vaivém, constatamos, lamentavelmente, a caótica situação do nosso país no que tange à educação. Índices comprovam que o Brasil está entre os piores nesse quesito, o que preocupa, sobremaneira, aqueles que almejam uma sociedade consciente, capaz de realizar leituras críticas acerca dos fatos que a envolvem, cumprir deveres, reivindicar direitos, transformando, assim, a palavra cidadania em ações – as quais possibilitam ruptura com paradigmas estereotipados, comodismo e alienação.
Todavia, para que o filho/aluno obtenha êxito, necessário que família e escola caminhem juntas, partilhando conhecimentos, vivências, dúvidas, comungando ideias e visualizando práticas bem-sucedidas visando ao aprendizado e bem- estar real do aluno.
Logo, cabe à família a educação de base – alicerce –, o ensino de princípios, valores, virtudes, a construção de hábitos, limites, e à escola a educação formal, ministrada através dos conteúdos curriculares. Isso não significa fragmentar essas duas instituições, apenas deixar claro que existem funções específicas a cada uma, e outras que devem ser abordadas pelas duas.
Não faz sentido culpabilizar somente. Importante trabalhar em equipe. Diálogo uníssono harmoniza os ambientes, portanto, falemos sim, e pratiquemos também.
Fonte: Google/imagens

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