Psicoletrando
Fonte da imagem: escolanelyribeiroluz.blogspot.com
Josimara Neves - psicóloga e escritora
Marília Neves- professora e escritora
Significativa parcela de
estudantes voltou à escola nesta semana. Surge, pois, um certo clima de tensão
no ar. “Como se comportará meu filho na escola? Ele será um bom aluno? Fará os
deveres de casa? Conseguirá notas boas?” – questiona a família. Em
contrapartida, a escola indaga: “Que estratégias serão adotadas a fim de se
obter êxito na aprendizagem dos educandos? De que forma diminuir a indisciplina
no âmbito escolar? Como envolver a equipe na realização de um trabalho coeso e
de qualidade?”
Paulatinamente, a rotina se
estabelece, e os conflitos entre a escola e a família acentuam-se. Eis algumas
possibilidades:
·
alunos
reclamam dos professores para os pais;
·
professores
reclamam dos alunos para os supervisores e para os diretores;
·
diretores
reclamam dos alunos para a família;
·
a
escola culpa a família pelo fracasso do aluno;
·
a
família alega que o filho está passando por um momento difícil e desabafa: “Eu
não sei mais o que fazer com ele!”;
·
a
escola argumenta que o aluno não cumpre as responsabilidades que lhe cabem,
infringe as regras escolares e não estuda;
·
a
família chora, clamando ajuda;
·
a
escola chora, rogando amparo legal – equipe especializada, salário digno para
os profissionais da educação e valorização do professor.
Nesse vaivém, constatamos,
lamentavelmente, a caótica situação do nosso país no que tange à educação.
Índices comprovam que o Brasil está entre os piores nesse quesito, o que
preocupa, sobremaneira, aqueles que almejam uma sociedade consciente, capaz de
realizar leituras críticas acerca dos fatos que a envolvem, cumprir deveres,
reivindicar direitos, transformando, assim, a palavra cidadania em ações – as quais
possibilitam ruptura com paradigmas estereotipados, comodismo e alienação.
Todavia, para que o
filho/aluno obtenha êxito, necessário que família e escola caminhem juntas,
partilhando conhecimentos, vivências, dúvidas, comungando ideias e visualizando
práticas bem-sucedidas visando ao aprendizado e bem- estar real do aluno.
Logo, cabe à família a
educação de base – alicerce –, o ensino de princípios, valores, virtudes, a
construção de hábitos, limites, e à escola a educação formal, ministrada
através dos conteúdos curriculares. Isso não significa fragmentar essas duas
instituições, apenas deixar claro que existem funções específicas a cada uma, e
outras que devem ser abordadas pelas duas.
Não faz sentido culpabilizar
somente. Importante trabalhar em equipe. Diálogo uníssono harmoniza os
ambientes, portanto, falemos sim, e pratiquemos também.
Fonte: Google/imagens
REFLETINDO:
Fonte: vidacomtourette.blogspot.com
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